Sistema Reprodutor Masculino
O aparelho reprodutor masculino é o sistema encarregado de perpetuar a espécie através do ato sexual. No ser humano, ele funciona à base de estímulos físicos e nervosos. Assim como o feminino, ele dispõe de uma parte externa e de uma parte interna, como veremos a seguir.
- Escroto – saco de pele que contém o testículo.
- Canal deferente – canal por onde passa o esperma.
- Próstata – glândula que contribui para a formação do esperma.
- Pénis – órgão pelo qual o homem urina e ejacula durante a erecção aumenta de comprimento, volume e dureza.
- Glande – extremidade de maior diâmetro do pénis.
- Prepúcio – pele que recobre a glande.
Aparelho reprodutor masculino e órgãos próximos:
1 - Bexiga;
2 - Osso púbico;
3 - Pénis;
4 - Corpo cavernoso;
5 - Glande;
6 - Prepúcio;
7 - Abertura uretral;
8 - Cólon sigmóide;
9 - Recto;
10 - Vesícula seminal;
11 - Conduto ejaculador;
12 - Próstata;
13 - Glândula de Cowper (glândula bulbouretral);
14 - Ânus;
15 - Vaso deferente;
16 - Epidídimo;
17 - Testículo;
18 - Escroto.
Parte interna
Pénis
O pénis é o órgão sexual dos indivíduos do sexo masculino, dentre os vertebrados ou invertebrados que possuem órgãos sexuais. No ser humano, o seu formato é cilíndrico; tem dimensões que variam tipicamente entre os 10 a 18 centímetros, no seu estado erecto; é formado por dois tipos de tecidos (dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso) e, em sua extremidade, observa-se uma fenda, que é a terminação da uretra, canal este que escoa o esperma e a urina. É, portanto, um órgão que actua em duas funções: na reprodução e na excreção.
O pénis externo está dividido em três partes: cabeça, corpo e raiz. A cabeça é chamada glande e é o ponto mais sensível do pénis. Enquanto o pénis está flácido, a glande é envolvida por uma pele chamada prepúcio, que serve para proteger a parte sensível do pénis ao ambiente externo e que é conectado no inferior do pénis numa área chamada freno. Quando o pénis fica erecto, o prepúcio desloca-se, deixando a glande exposta.
O corpo é um prolongamento fálico, e a raiz é a parte do pénis que está inserida dentro do corpo do homem.
Meato uretral
O meato uretral é o orifício no qual a uretra encontra o exterior do organismo. Situa-se na glande, parte mais volumosa do pénis, popularmente conhecida como "cabeça" do pénis. Esta estrutura contém uma grande quantidade de terminações nervosas, podendo com um simples toque em sua superfície estimular a erecção.
Glande
A glande é coberta pelo prepúcio, uma camada de pele que a protege. Quando há erecção, o prepúcio fica recolhido e a glande fica exposta. Quando isso não ocorre, há o que chamamos de fimose, uma anomalia que impossibilita a exposição da glande com o pénis erecto. Felizmente, pode ser facilmente corrigida com uma cirurgia simples de circuncisão.
Escroto
A função do escroto é manter os testículos a uma temperatura inferior à do resto do corpo (34.4º celsius). O calor excessivo destrói os espermatozóides. Tendo como uma de suas camadas um músculo, o escroto contrai-se e distende-se, conforme seja necessário aumentar ou reduzir, respectivamente, temperatura no seu interior.
Embora a temperatura ideal varie conforme a espécie, nos animais de sangue quente parece haver uma maior necessidade de controlo, e daí a necessidade e evolução do escroto, apesar dos riscos por não oferecer protecção aos testículos.
Parte interna
Testículos: duas glândulas ovóides envolvidas pela bolsa escrotal. Durante o desenvolvimento embrionário, ficam alojados na cavidade abdominal, e antes do nascimento já devem ter migrado para o saco escrotal. Quando isto não ocorre, os testículos continuam alojados na cavidade abdominal, constituindo a criptorquidia.
No interior dos testículos existem numerosos túbulos seminíferos. As paredes destes enovelados contêm células dispostas em camadas, sendo as mais internas chamadas de células germinativas primordiais. Estas participam do processo de espermatogênese que formará novos espermatozóides. É importante lembrar que, por estarem situados no saco escrotal, os testículos estão sujeitos a uma temperatura cerca de 2 a 3º C mais baixa do que o resto do corpo. Esta baixa temperatura é fundamental para que os espermatozóides sejam formados.
Ainda entre estes tubos, existem as células de Leydig ou células intersticiais, estruturas que produzem o hormónio masculino testosterona, de natureza virilizante. Dizemos que os testículos são glândulas mistas, pois produzem ao mesmo tempo espermatozóides (secreção externa) e testosterona (secreção interna).
Os túbulos seminíferos existentes dentro dos testículos convergem todos para uma estrutura chamada de epidídimo, que tem como função armazenar os espermatozóides até que estes sejam liberados no ato sexual. Por ter dois testículos, o homem tem também dois epidídimos.
Cada epidídimo é ligado a um conduto fino e longo denominado canal deferente. Por ele os espermatozóides passam e são lançados às glândulas anexas, lá recebendo suas secreções para serem expulsos do organismo pela uretra.
As primeiras glândulas a agir sobre os espermatozóides são as vesículas seminais. Elas liberam um líquido nutritivo, o fluido seminal, que é rico em um açúcar chamado de frutose. Este açúcar irá nutrir os espermatozóides, uma vez que, fora do organismo, eles não dispõem de nenhuma reserva energética.
A próxima glândula é chamada próstata. Sua secreção, viscosa e alcalina, incorpora a composição do sémen, conferindo mobilidade aos espermatozóides no meio exterior, além de combater o pH ácido da vagina, prejudicial a eles.
As glândulas bulbouretrais ou glândulas de Cowper localizam-se sob a próstata, desembocando na uretra. Durante a estimulação sexual, liberam uma secreção lubrificante que facilita a relação sexual, além de limpar a uretra dos resíduos de urina.
Por fim, o sémen é formado e expulso pela uretra no clímax do ato sexual, por contracções rítmicas da parede dos ductos do aparelho reprodutor.
Esperma e espermatozóide
Confunde-se frequentemente esperma e espermatozóides, e constroem-se facilmente ideias falsas sobre as quantidades. O volume de uma ejaculação de esperma é suficientemente modesto mas, em compartida, o número de espermatozóides é impressionante!
O esperma é formado essencialmente por um líquido viscoso, o líquido seminal que contém aproximadamente 100 milhões de espermatozóides representa menos de 2% da massa total do esperma ejaculado.
Doença “A Impotência”
A impotência é a incapacidade de iniciar e de manter uma erecção em pelo menos 50% das tentativas durante a relação sexual ou então a interrupção das tentativas durante a mesma.
Causas
A impotência pode ser provocada por um problema vascular, por perturbações neurológicas, problemas hormonais, doenças e também surgem frequentemente nas pessoas mais velhas.
Diagnóstico
Geralmente, o indivíduo fala com o médico sobre os seus problemas de erecção. O médico investiga então os sintomas para estar seguro de que o problema é a impotência e não outra disfunção sexual. O médico pergunta se o desejo sexual é acompanhado de uma erecção completa e suficiente para manter relações sexuais e se o indivíduo tem erecções durante o sono ou pela manhã, ao despertar. As respostas a estas perguntas podem ajudar o médico a determinar se a impotência tem origem em problemas físicos ou psicológicos.
O médico também revê qualquer antecedente de cirurgia vascular, pélvica, rectal ou da próstata.
Tratamento
A impotência, geralmente, pode ser tratada sem cirurgia. O tipo de tratamento depende da sua causa e do estilo de vida do indivíduo.
Um exercício específico para quem sofre de impotência por razões psicológicas é a técnica da concentração nos sentidos.
Alguns medicamentos podem aliviar a impotência, mas nenhum é completamente eficaz.
Sistema Reprodutor Feminino
O aparelho reprodutor feminino compõe-se de órgãos genitais externos compostos pelos pequenos e grandes lábios vaginais e pelo clítoris, que em conjunto formam a vulva. Os órgãos reprodutores femininos internos são os ovários, as trompas de Falópio, o útero e a vagina.
Ovários
Os dois ovários da mulher estão situados na região das virilhas, um em cada lado do corpo. Tem forma de uma pequena azeitona, com 3 cm de comprimento e apresentam em sua porção mais externa (córtex ovarino), as células que darão origem aos óvulos.
Trompas de Falópio
São dois tubos curvos ligados ao útero. A extremidade livre de cada trompa, alargada e franjada, situa-se junto a cada um dos ovários No interior da trompa, o óvulo desloca-se até a cavidade uterina, impulsionado pelos batimentos ciliares.
Útero
É um órgão musculoso e oco, do tamanho aproximadamente igual a uma pêra. Numa mulher que nunca engravidou, o útero tem aproximadamente 7,5 cm de comprimento por 5 cm de largura. Os músculos da parede uterina permitem grande expansão do órgão durante a gravidez. A porção superior do útero é larga e está ligada às trompas. A porção inferior (o colo uterino) é estreita e comunica-se com a vagina.
Vagina
É um canal musculoso que se abre para o exterior, na genitália externa. Até a primeira relação sexual, a entrada da vagina é parcialmente recoberta por uma fina membrana, o hímen, de função ainda desconhecida.
A vagina é revestida por uma membrana mucosa, cujas células liberam glicogénio. Bactérias presentes na mucosa vaginal fermentam o glicogénio, produzindo ácido láctico que confere ao meio vaginal um pH ácido, que impede a proliferação da maioria dos microrganismos patogénicos. Durante a excitação sexual, a parede da vagina dilata-se e recobre-se de substâncias lubrificantes produzidas pelas glândulas de Bartholin, facilitando a penetração do pénis.
Vulva
Compõe-se pelos grandes lábios, que envolvem duas pregas menores e mais delicadas, os pequenos lábios, que protegem a abertura vaginal. Um pouco a frente da abertura da vagina, abre-se a uretra, independente do sistema reprodutor.
O clítoris é um órgão de grande sensibilidade, localiza-se na região anterior da vulva e é constituído de tecido esponjoso, que se intumesce durante a excitação sexual.
AS mamas produzem leite que alimenta o recém-nascido. O leite é produzido pelas glândulas mamárias (conjunto de pequenas bolsas de células secretoras conectadas entre si).
Mais sobre: Sistema Reprodutor Feminino
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Doença do sistema reprodutor feminino
Cancro do colo do útero
O cancro pode surgir no colo do útero tal como poderá surgir noutras partes do corpo. O cancro do colo do útero pode ter origem em 15 tipos de vírus do papiloma humano ou HPV de alto risco. As células cervicais podem tornar-se anormais, em consequência da presença do HPV e, lentamente, darem origem a um cancro. No início, estas alterações são ligeiras e muitas acabam por desaparecer espontaneamente, sem tratamento.
Por vezes, as células anormais não desaparecem e podem progredir para cancro do colo do útero, se não forem detectadas e removidas. As células cervicais anormais são muito fáceis de remover e previnem a evolução para cancro do colo do útero. Contudo, estas células anormais não dão sinais ou sintomas óbvios pelo que a única forma de as detectar é através do rastreio cervical.
Sintomas
O cancro do colo do útero desenvolve-se no colo do útero, que é a extremidade inferior do útero que liga o corpo do útero à vagina. Ocorre quando as células do colo do útero são infectadas pelo HPV, desenvolvem anomalias e começam a crescer de forma descontrolada.
Existem cerca de quarenta tipos diferentes de Vírus do Papiloma Humano (HPV) que podem infectar o tracto genital. Alguns destes tipos podem dar origem a células do colo do útero anormais, as quais, por sua vez, podem progredir para cancro do colo do útero. Os tipos de HPV 16 e 18 encontram-se entre os tipos mais comuns associados a cancro do colo do útero, sendo responsáveis por cerca de 2/3 dos casos e muitos resultados anormais em exames de Papanicolaou. Outros tipos de HPV podem causar verrugas genitais. Os tipos de HPV 6 e 11 são os causadores da maioria dos casos de verrugas genitais, mas não estão associados a cancro do colo do útero.
O HPV genital pode transmitir-se por qualquer forma de contacto sexual. É muito comum e pode ocorrer em qualquer altura, mas a maioria das pessoas é infectada pelo HPV pouco tempo depois de ter iniciado a sua actividade sexual. Felizmente, a maioria destas pessoas consegue combater o HPV, que será eliminado no prazo de 24 meses, sem causar quaisquer problemas. Enquanto a mulher está infectada pelo HPV, pode produzir as células anormais detectadas no esfregaço vaginal, mas estas normalmente desaparecem assim que o vírus desaparece.
O problema ocorre quando algumas mulheres não conseguem eliminar a infecção por HPV. Nesses casos, as células do colo do útero anormais podem, com o passar do tempo, evoluir para cancro do colo do útero, caso não sejam detectadas através de rastreio e removidas.
A vacinação previne eficazmente o desenvolvimento de células anormais do colo do útero causadas pelos tipos de HPV existentes na vacina, no caso das mulheres que não estão actualmente infectadas por estes tipos. No entanto, não ficou demonstrado que protegesse mulheres já infectadas pelo HPV 16 ou 18 no momento em que foram vacinadas. Além disso, não protegem contra todos os outros tipos de HPV que podem provocar cancro do colo do útero.
Por estes motivos, a vacinação não protege completamente contra o cancro do colo do útero.
Mesmo que já tenha sido vacinada, é importante continuar a fazer o rastreio regular do colo do útero, para que quaisquer células anormais do colo do útero possam ser detectadas numa fase precoce, numa altura em que podem ser removidas facilmente de modo a prevenir o desenvolvimento de cancro.